terça-feira, 7 de junho de 2011

We Are (not) Family!

Sempre fui muito desapegado à família. Aliás, o meu próprio conceito de família difere muito do "tradicional". Julga-se por família aqueles com quem partilhamos laços de sangue, independentemente de gostarmos ou partilharmos gostos com eles.

Eu considero família, aqueles em quem eu confio, desabafo, com quem gosto de partilhar a vida, que sei que vão estar lá sempre. Infelizmente, nesse aspecto, sou muito frio; e aqueles com quem vivo ou partilho a casa são os meus pais, deram me vida, sustentam me e por isso fico-lhes grato, mas não somos verdadeiramente uma família. Damo-nos todos bem o suficiente para sermos uma unidade funcional… e já é bom, não me posso queixar: tenho a liberdade para sair de casa as horas que quiser, que é a única coisa que preciso.

Ser a ovelha negra da família é um fado que carrego desde há muito… creio que instintivamente o faço por saber que eventualmente lhes irei dar um desgosto, e portanto vou já me afastando, a pouco e pouco.

4 comentários:

  1. É preciso separar as águas.
    Até gosto da expressão ovelha-negra, mas não lhe podes dar esse peso todo.
    Não vais dar nenhum desgosto aos teus pais. Se achares que eles não devem saber, não lhes contes. Eu tenho uma excelente relação com a família e são muito importantes para mim, mas não tenciono contar-lhes nada agora e não é por isso que me tenciono afastar deles pouco a pouco.

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  2. Família é daquelas palavras cujo significado não é mesmo para todos. A família é quem nós escolhemos, e não são necessários laços de sangue.
    De resto revejo-me muito nas tuas palavras, também não tenho uma relação próxima com os meus pais e actualmente nem sinto essa necessidade.
    De resto parece-me que te estas a culpar por algo que não tens culpa. Se ficarem "desgostosos" com o assunto quem está a ter uma reacção má e desadaptativa são eles. Para os teus pais é um pouco como tu dizes, "deal with it or move on"
    Abraços

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  3. Com os meus pais é uma relação amor-ódio. Gosto deles, preocupam-se comigo, mas não me compreendem. Tentei falar com eles sobre como sempre me senti controlado, que podiam não ser tanto, e é como se nada se tivesse passado. Aparentemente, somos uma família feliz!

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