segunda-feira, 30 de maio de 2011

Persona(lidade)

Há quem acredite que são os signos quem dita a nossa personalidade... outros acreditam em numerologia ou tarot ou algo místico desse género. Eu nunca acreditei nessas (tretas) teorias. Para mim, apenas dois factores importam para o desenvolvimento de uma personalidade: Educação e Experiência de Vida, o resto é supérfluo.

Por exemplo: sempre ouvi as queixas habituais sobre o quão calado eu sou. Quer em dates ou em puras situações sociais, sou sempre aquele que fica de lado a ouvir, interrompendo só quando é chamado, ou lhe dirigem a palavra. Creio que tenha a ver com a maneira como fui educado: aprendi a respeitar os mais velhos, a ter disciplina, a pensar primeiro e agir depois. A educação é algo que só com muita insistência se ultrapassa. O facto de ser gay influenciou também a minha personalidade (embora eu não queira apostar no preconceito): aprendi o que é ser diferente, que não devemos ligar ao que as pessoas pensam, aprendi a ser desenrascado, aprendi a viver sozinho. Sou uma pessoa calma, pensativa, romântica, prática, que gosta de ajudar os outros, honesta e antiquada.  

Imaginemos que o Rui presente não fosse gay, talvez não trataria as pessoas da mesma maneira; não estaria habituado a estar sozinho e portanto seria mais menino da mamã; seria uma pessoa mais descontraída porque não teria medo de consequências. E se tivesse pais ricos? Seria mimado; não saberia desenrascar-se porque nunca necessitara; ou talvez fosse mais culto. E se a religião fizesse parte da sua vida? E qual delas já agora? Para cada uma seria uma pessoa diferente...

A nossa personalidade é a coisa mais arbitrária deste planeta, e ao mesmo tempo, aquilo que melhor nos define. 

terça-feira, 24 de maio de 2011

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Ontem à noite

O blogger estava assim


E eu estava assim

terça-feira, 3 de maio de 2011

Coming out?

Tenho andado a pensar muito em me assumir. É aquela coisinha que pensei todos os dias da minha vida, mas que arrumei sempre num cantinho, "tratarei disso quando chegar o tempo certo" - diria.

Desde Setembro para cá, tornei-me muito mais independente, passei a sair mais vezes e consequentemente soube o que é namorar a sério. E ultimamente vi o que era sair num ambiente gay (sem ser um date) e tenho que dizer que gostei, sinto me parte de um grupo onde gosto de estar, o que é sempre bom.
Moro com os meus pais, portanto sempre que vou sair é sempre: "com os amigos da escola". Sei lá eu onde fui arranjar amigos (da minha idade ainda por cima) que saem com tanta frequência, têm tanto dinheiro para comer fora, e me deixam dormir lá em casa tantas vezes. -.-
Canso-me de inventar desculpas e ter de os aturar com as conversas do: "tás muito vadio!" e "que rica vida!". Dar-me-ia jeito poder dizer, com a maior naturalidade: mãe, vou jantar a casa do meu namorado e depois fico lá a dormir, té amanha. Quem me dera :/

Mas sei que as coisas não são assim tão fáceis e simples. Já me habituei a ter vida dupla, o que faço já há 7 anos, mais uns não me hão de custar… né?