quinta-feira, 28 de julho de 2011

Imaginem...

Imaginem, se estiverem a fim disso, uma praia paradisíaca. Imaginem palmeiras altas, guarda-sóis de palha, onde por baixo estão deitados numa cama de 2 metros. Imaginem também uma água cristalina e quentinha, e a areia fina e branca que se intromete pelos pés. Juntem-lhe um sol que obriga os corpos a despirem-se e uma bebida fresca na mão.
Fui numa praia dessas que passei a última semana, e que foi… muito sinceramente… mais ou menos.

Muitas pessoas estarão a gritar (em estilo de peixeira): “Jasus, homem! Que mais tu queres?!”. Bem… a coisa que falta na fantasia linhas acima: a companhia certa. Teriam sido as férias mais espectaculares da minha vida, não fosse estarem os meus pais e irmão comigo. Por muito que eu tente apreciar, acabo sempre pró me lembrar do que deixo em casa: um futuro relacionamento (mais info nisto mais tarde), os amigos, as cusquices, os serões passados no computador… atrevo-me a dizer: o prazer de estar sozinho.

all alone in a tiny piece of heaven... meh
(photo by yours truly)


quarta-feira, 13 de julho de 2011

I Hate Vacation...

Em tempos de outrora, eu fui um puto que adorava ir de férias. Passar os verões inteiros na praia, não ter de fazer nenhum, comer tudo o que queria, passar os dias a brincar… é pena já não ser assim.
Crescido e já diferente, para mim o termo: “Férias” ganhou outro significado, deixou de ser a mesma coisa. Agora vejo-o como um desperdício de tempo, um frete que sou obrigado a fazer, ano após ano.
O mesmo Alvor em que passo os verões já há vinte anos, deixou de me seduzir, já não sinto a vontade de explorar o que há de novo, nem conhecer os velhotes da vila, e muito menos fazer praia numa água que (juro) está cada vez mais fria.
Acho impensável que os meus avós e o meu pai tenham cá passado tanto tempo e insistem em querer vir todos os anos… suponho que seja tradição ou algo do género (coisas que opto por não entender). É incrível também como há não muito tempo atrás, passava 3 meses aqui e estou hoje a sofrer passados apenas 3 dias.
Sei que parto o coração à família por querer fugir deles, por querer passar o meu tempo livre longe deles… mas sinceramente, estou numa altura em odeio passar férias com a família, seja onde for.
Volto no sábado para cima, apenas para ir (horrorizado) na terça para a República Dominicana com os meus pais. E sim, EU SEI que estou a ser egoísta e que uma semana nesse sítio era algo que muita gente matava por ter… mas enfim, vou para a agradar a família, não porque quero.
E em Agosto, se depender de mim, ficarei em casa sozinho, mas serão umas férias felizes… para mim pelo menos :/

sábado, 2 de julho de 2011

Confiança Cega

Sempre odiei quando me acusaram de não tomar o lado de alguém. O mais recente foi o meu irmão, que respondeu me com um torto: Estás contra mim, não quero saber mais nada. Já escrevi num post anterior que não sou orientado para a família, mas o mesmo se aplica aos amigos e ao que eu chamo a Confiança Cega.

Confiança Cega é o que muita gente erradamente associa à amizade… Pensam que os amigos estão automaticamente do nosso lado e que, da mesma maneira, se não estiverem, não são nossos amigos. Aprendi a ser uma pessoa com mente aberta e científica, ouço todos os lados da conversa, analiso e faço as minhas próprias conclusões, mas penso sempre da melhor forma e não centralizo numa sou pessoa sou porque sou amigo dela. E só porque um amigo não concorda connosco, não quer dizer que não queira o nosso bem.

Isto é muito pior quando se trata duma situação em que se conhece todos os intervenientes e somos amigos de todos, temos que analisar bem a situação e decidir o melhor caminho. Está-me a acontecer agora com o recente break-up entre o meu irmão e a namorada; ele insiste que ainda está apaixonada pela ex e quer ir atrás dela infinitamente, mas eu (e o resto do mundo, a ex incluida) sabem que jamais vai funcionar. Expliquei lhe a situação o melhor que consegui, mas como acho que a melhor solução passa por esquece-la – o que ele interpreta como estar contra ele – quando na verdade apenas queremos o melhor para ele.

O exigir Confiança Cega é algo que eu não tolero, especialmente quando estou apenas a tentar melhorar a situação. Os verdadeiros amigos são aqueles que têm a coragem de nos dizer quando estamos errados; são aqueles que com a mesma facilidade dão o ombro para chorar como a estalada na tromba quando merecemos.