terça-feira, 21 de junho de 2011

Try, then judge!

Sou apologista do “experimentar antes de falar mal”, tento não julgar uma coisa à priori, e criticar apenas depois de a ver/sentir/fazer.

No passado dia 18, realizou-se a 12º edição da Marcha do Orgulho LGBT em Lisboa. É do consenso de muita gente (gay mesmo) que se trata de uma parada egoísta que apensa serve para certas pessoas se pavonearem pela rua, e que infelizmente apenas mostra o lado negativo e dá má fama aos homossexuais. Eu era um daqueles que pensava assim.

De qualquer maneira, eu mesmo estava às 17h no Príncipe Real no meio da multidão que ali se formava. Tinha curiosidade em saber como era, nunca tinha ido a uma por medo e este ano decidi que (apesar de sozinho) haveria de ver ao vivo.

Sem querer dar muito nas vistas, enchi-me de coragem e lá me enfiei no meio das pessoas, tentando ser o mais invisível possível. A marcha, ou melhor, o passo de caracol do orgulho não era o que antecipei. Pensei automaticamente que seria um monte de travestis a dançar no meio da rua e purpurina espalhado por todo o lado. -.-
Para meu contentamento, parecia um protesto normal civilizado. Sim, passava música de gaja aos altos berros e havia uma carrinha com bichas a dançar, mas isso era de esperar… a maior parte eram pessoas normais que estavam ali para lutar pelos seus direitos… e nesse aspecto, senti-me bem em fazer parte de um grupo

Evidentemente que quando cheguei a casa vasculhei a internet quase toda (demorou algum tempo sim xD) para ter a certeza que não haveria provas da minha estadia lá, mas em conclusão… sou capaz de ir também para o ano :)

terça-feira, 7 de junho de 2011

We Are (not) Family!

Sempre fui muito desapegado à família. Aliás, o meu próprio conceito de família difere muito do "tradicional". Julga-se por família aqueles com quem partilhamos laços de sangue, independentemente de gostarmos ou partilharmos gostos com eles.

Eu considero família, aqueles em quem eu confio, desabafo, com quem gosto de partilhar a vida, que sei que vão estar lá sempre. Infelizmente, nesse aspecto, sou muito frio; e aqueles com quem vivo ou partilho a casa são os meus pais, deram me vida, sustentam me e por isso fico-lhes grato, mas não somos verdadeiramente uma família. Damo-nos todos bem o suficiente para sermos uma unidade funcional… e já é bom, não me posso queixar: tenho a liberdade para sair de casa as horas que quiser, que é a única coisa que preciso.

Ser a ovelha negra da família é um fado que carrego desde há muito… creio que instintivamente o faço por saber que eventualmente lhes irei dar um desgosto, e portanto vou já me afastando, a pouco e pouco.