sábado, 2 de julho de 2011

Confiança Cega

Sempre odiei quando me acusaram de não tomar o lado de alguém. O mais recente foi o meu irmão, que respondeu me com um torto: Estás contra mim, não quero saber mais nada. Já escrevi num post anterior que não sou orientado para a família, mas o mesmo se aplica aos amigos e ao que eu chamo a Confiança Cega.

Confiança Cega é o que muita gente erradamente associa à amizade… Pensam que os amigos estão automaticamente do nosso lado e que, da mesma maneira, se não estiverem, não são nossos amigos. Aprendi a ser uma pessoa com mente aberta e científica, ouço todos os lados da conversa, analiso e faço as minhas próprias conclusões, mas penso sempre da melhor forma e não centralizo numa sou pessoa sou porque sou amigo dela. E só porque um amigo não concorda connosco, não quer dizer que não queira o nosso bem.

Isto é muito pior quando se trata duma situação em que se conhece todos os intervenientes e somos amigos de todos, temos que analisar bem a situação e decidir o melhor caminho. Está-me a acontecer agora com o recente break-up entre o meu irmão e a namorada; ele insiste que ainda está apaixonada pela ex e quer ir atrás dela infinitamente, mas eu (e o resto do mundo, a ex incluida) sabem que jamais vai funcionar. Expliquei lhe a situação o melhor que consegui, mas como acho que a melhor solução passa por esquece-la – o que ele interpreta como estar contra ele – quando na verdade apenas queremos o melhor para ele.

O exigir Confiança Cega é algo que eu não tolero, especialmente quando estou apenas a tentar melhorar a situação. Os verdadeiros amigos são aqueles que têm a coragem de nos dizer quando estamos errados; são aqueles que com a mesma facilidade dão o ombro para chorar como a estalada na tromba quando merecemos.

3 comentários:

  1. penso que a confiança cega é outra coisa, mas o que se passa com o teu irmão é "amor cego" e quanto a isso n sei se haverá muito a fazer

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  2. Esquece não há como tentar mostrar a razão em quem pensa com as emoções que é o que todos fazemos no lugar do teu irmão. E não serve de nada conversas nem sermões, a única coisa a fazer é dar tempo à pessoa que por ela própria acabará por descobrir de novo o equilíbrio. Relativamente à confiança confesso que sou muito desconfiado. É o que digo sempre, "nem por mim punha as mãos no fogo quanto mais por qualquer outro".
    Um abraço

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  3. Não há confiança cega, mas pode haver amizade cega, mesmo descontado as vezes em que não se está de acordo, pois isso faz parte da vida.
    Na situação do teu irmão é como bem diz o Sad eyes, mais "amor cego"...

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