sábado, 29 de outubro de 2011

Somebody to Love

O Romance é uma cena que me assiste… Demasiado.


Por incrível que pareça, existe algo neste mundo como ser romântico demais, que infelizmente, é o estado a que cheguei. Sempre fui um romântico incurável, lamechas e sentimental… e agora apercebo-me o quão terrível isso é. Pessoas como eu fantasiam demasiado a vida, pomos os nosso óculos cor-de-rosa, criamos expectativas, fabricamos ilusões que no fim só desiludem.

Ultimamente, as eternas tentativas de arranjar alguém especial têm falhado, uma após outra… suponho que tenha ficado com bons amigos mas… (suspiro) não é a mesma coisa. Falta-me algo, sinto-me incompleto.

Ou talvez seja do tempo, quem sabe? Já dizia o Freddie e com razão: can anybody find me somebody to love?



quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Street Nostalgia

Esta semana vou ter aulas na Culturgest, não no sítio habitual.

Creio que as pessoas se habituam a certos trajectos. Por 3 meses do meu 18º ano de vida, passei quase todos os dias no Campo Pequeno; estudava aí perto, convivia com colegas, almoçava, ia ao café… todos aqueles cheiros, sons e imagens faziam parte do meu quotidiano. Deixei essa vida, que apesar de feliz, não era o que realmente queria, e reencarnei noutro trajecto, a andar pela baixa, pelo cais do sodré, santos, bairro alto e príncipe real.

Passaram a ser ruas mais inclinadas e negras as que pisei, passou a som de muitas etnias o que ouvia, passou a ser esse ar mais gasto e tipicamente lusitano que respiro e que faz parte de mim (sim, pois não seremos nós mais anda do que aquilo que respiramos?). Agora, 2 anos mais tarde, vejo-me inundado por uma incrível nostalgia de quando tinha 18 anos.

É espectacular o quão mais vívidas se tornam as memórias quando piso o mesmo chão de outro tempo. Memórias que nem sequer me ocorreriam de outra forma, que estavam escondidas algures na minha mente, como que estivessem com saudades de casa.

Pelo menos nesta semana, não prometo mais nada, poderei matar algumas saudades.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Waiting for no one

És horroroso. Torturador, diria mesmo. Fazes de mim o que queres e brincas com os sentimentos como se não passassem de simples marionetas. É preciso ser um tipo especial de psicopata para aumentar as expectativas e deixá-las morrer lentamente como tu estás a fazer.

É uma tortura, mas ao mesmo tempo, eu próprio deixo me também levar, devido ao terror que é não saber o porquê. “Será algo que eu tenha feito?”, “Aconteceu-lhe qualquer coisa?”, “Pode ser que me responda…”

A mente humana, (ou a minha pelo menos) sofre com essa ínfima dúvida. A parte mas assustadora reside no facto de eu virtualmente nem te conhecer… é irracional certamente. Vimo-nos uma vez na vida há cerca de um mês e trocámos uma dezena de mensagens… foi isso o suficiente para me agarrar tanto?
Talvez seja meu o problema e não teu, se bem que não deixas de ser cabrão nisto tudo (pequeno riso nervoso)… e sabendo e tendo dito isto, continuo a pensar em ti, continuo à espera de receber uma sms, uma mensagem no msn, no gaydar, no manhunt… qualquer coisa. Um “não”, um “oi”, um “desculpa”, um “deixa-me em paz”, um “vai morrer longe”… algo que me pusesse em paz e tirasse a agonia que é estar à espera.

E conhecendo-me como eu me conheço, sei que tenho um problema de stalking (obviamente, julgando pelo texto acima), e não me espantaria muito que fosse tirar as minhas dúvidas directamente à fonte… por muito creepy que o fosse, dava me a paz de espírito que necessito.


*tentativa de finalizar numa nota cómica*